SERRA DA ESTRELA

Vale escavado pelos gelos milenares.
 Nessas encostas, mal se vê as casas dos
 pastores de ovelhas que ali habitam no verão

Ir a Guarda e não conhecer um pouco da Serra da Estrela seria um absurdo.
Esse é o nome da cadeia montanhosa e da serra que tem a segunda maior altitude de Portugal.
Como vem acontecendo em toda minha viagem, na baixa estação, os organizadores turísticos interrompem algumas atividades. Em Guarda não foi diferente. Com isso, tive que combinar com um taxista a minha ida até a Torre, no alto da Serra. 
Foi um passeio deslumbrante, para mim.

Manteigas ao fundo, no sopé da Serra

Chegamos em Manteigas, aldeia no pé da Serra. Dali partiam pessoas que iriam sobrevoar os vales glaciais de parapente. É ali também que construíram pista sintética de esqui para quem quer desfrutar esse tipo de lazer o ano inteiro.

Uma nascente no Parque
 Natural da Serra da Estrela

A subida para o topo da Serra é fascinante. Ficamos pequenos diante da imensidão dos vales formados pelos gelos glaciais de, pelo menos, 20 mil anos atrás. Encostas inóspitas habitadas por pastores de ovelhas durante o verão. 

Monumento na pedra a
 Nossa Senhora da Boa Estrela

Suas casas são construídas de pedras, fundindo se com a paisagem. Curso do rio Zezere no fundo do vale, monumento escavado na rocha de Nossa Senhora da Boa Estrela, lagoas glaciais, vegetação própria da altitude e por aí vai longe o que há para ver e curtir.

Torre

No alto da Serra, há uma torre, pequeno comércio de variedades, restaurante e Café, venda de queijo da Serra. Pude ver o espaço onde a neve se acumula e forma as pistas de esqui, únicas em Portugal.
Comerciantes disseram que o despovoamento de pastores dessa região tem levado à diminuir a fabricação do queijo da Serra da Estrela. Mais uma tradição a se perder.
Enfim, essa é uma região muito especial.

Lagoa glacial

Os vinhos Dão e da Beira, o queijo, a doçaria, as trutas, o cabrito assado, os enchidos, constituem uma pequena citação do sabor gastronômico que ela domina.